19 de novembro de 2010

Nova Primavera




você veio
veio e me trouxe a primavera
primavera de sonhos e amores
me despi como uma rosa pode se despir
e depois você se foi
levando consigo meu amor
murchei assim como uma rosa pode murchar
mas murchar também é trazer esperança
esperança de uma outra primavera, de outros sonhos, de outros amores.




Maiara M.







A POESIA PREVALECE! (O Teatro Mágico)

15 de novembro de 2010

vivendo uma mentira
ou mentindo sobre seu amor ?
não sei, é confuso
é confuso e doloroso

6 de novembro de 2010

não sei o que está acontecendo !
as palavras não fluem mais, não como antigamente.

19 de setembro de 2010

'E por amor sereis, será, seremos'. -Pablo Neruda-

3 de abril de 2010

Perdas

"Perder algo é uma sensação
Que nos incomoda muito...
As lembranças insistem em se fazer presente
Avivando a saudade, abrindo feridas e sangrando a alma...

É importante passarmos por todas as fases,
Não ignorando uma sequer....
Não se maquia a dor
É como um alimento...

Temos que mastigar bem, engolir,
Esperar a digestão e a completa eliminação.
Assim, ficamos limpos e famintos novamente....
Com fome de viver e ser feliz!!!!

Não pule etapas da sua vida.
Não finja que está tudo bem...
Não deixe que situações mal resolvidas
Atrapalhem o seu caminhar...

Tenha um encontro com você
E termine esse capítulo da sua vida
Para que assim,
Consiga escrever sua história.

Não queira nada menos
Que a sua FELICIDADE!!!!
Chore apenas para lavar a alma!
Qua a dor seja apenas para romper barreiras!

E que a perda finalize,
No início da sua vitória!"

(Rose Felliciano)

13 de fevereiro de 2010

PERSISTIR

EXISTIR

SENTIR


4 de janeiro de 2010

Estalos. Sussurros de seres invisíveis. Murmúrios indefinidos.
Parecia que todo o silêncio daquela Floresta macabra havia se dissipado para dar lugar a barulhos insistentes que teimavam em sobressaltá-la. O som da folhas secas, agora, era definitivamente um estorvo. Estava tensa e preocupada, mas obstinada em prosseguir. Sobreviveria. Essa era a única certeza que tinha para si e não abriria mão dela tão cedo.
Caminhava com cautela, embora isso de nada adiantasse já que nem toda a cautela do mundo faria com que enxergasse por entre o negro das árvores. E embora soubesse disso, sentia-se mais segura pensando que de alguma forma o cuidado pudesse ajudar.

Pela enésima vez a garota se perguntou para onde raios aquela trilha levava – e se de fato levaria a algum lugar. Era uma pergunta retórica, claro. Já estava se acostumando a não obter respostas.

Ouviu um burburinho próximo, vindo da direita. Pareciam passos e ela estacou. Num movimento rápido – ou foi o que lhe pareceu – a garota girou na direção do barulho, o revólver pronto e a postos para disparar. Havia desistido de guardá-lo assim que a caminhada começou – e com ela todos os ruídos. Parecia mais seguro e cômodo manter a arma em suas mãos.
Esperou. Tentava ver alguma coisa, escutar a confirmação de que não estava ficando louca. Mas não houve qualquer indicação de que suas suspeitas tinham fundamento. Respirando ruidosamente, ela abaixou a arma. Estava ficando paranóica.
Perfeito!
Ia simplesmente voltar a caminhar mas se interrompeu. Outro som. Semelhante ao primeiro, mas vindo de outro lado. O coração acelerou e ela sentiu a adrenalina fazer efeito. Virou-se mas não havia nada. O som repetiu-se em outra direção e ela tentou acompanhá-lo. De novo. E de novo. E mais uma vez.

-- Quem... está aí? -- Não sabia se obteria resposta. Ou se realmente queria a resposta. Mas mesmo assim as palavras saíram. -- Eu sei que tem alguém aí. O que você quer?

Por um momento os ruídos cessaram, mas ela não relaxou.
Um zumbido próximo, agudo, e de repente alguma coisa cortante passava a centímetro do seu rosto. Logo em seguida vieram os gritos. Pareciam ecoar por todos os cantos e ela não sabia quem ou o que os estava emitindo. Nem quantos havia.
E se deu conta de que também não queria descobrir.

Sem uma única gota de dúvida, a garota virou-se e correu floresta adentro. Os brados em uma língua que ela ignorava ainda a seguiam, incentivando-a a continuar.
O interior da mata era ainda mais escuro do que havia imaginado. Era difícil prosseguir com tantas árvores juntas e raízes expostas. Mais de uma vez ela caiu e se aranhou, erguendo-se aos tropeços sem nem ao menos tencionar parar. O medo a impedia de sentir dor.

Arriscou-se a olhar para trás. Nada. Só vultos disformes e árvores negras.
E quando se virou a garota de cabelos cor-de-rosa notou uma mudança de cenário que a desnorteou momentaneamente. Estava em uma clareira.

O grande círculo desprovido de árvores possibilitava uma visão privilegiada do céu – considerando a que ela tinha a poucos momentos – mas nem por isso conseguia distinguir se seria dia ou noite. Diminui o ritmo, percebendo que com a mesma rapidez com que começara os brados haviam cessado.

Sentiu as pernas bambearem e o cansaço se manifestar, porém não se permitiu cair. Estava assustada ainda. Com a respiração difícil virou-se para encarar a parte da mata fechada da qual viera, a fim de certificar-se que realmente estava a salvo.
Não estava.

Os olhos se arregalaram em espanto e a arma foi disparada sem pensar. O recuo foi mais violento do que o esperado e o tiro acabou em uma árvore vários metros distantes do alvo. Um índio de pele tão escura quanto a noite a encarava com seus olhos negros semi-escondidos pelos cabelos sujos. Olhos negros que a fizeram tremer e recuar e voltar a se embrenhar na mata.

Não se importava com as dores. Com a falta de ar. Com nada.
Sentiu-se patética por fugir de forma tão desesperada mas nem por isso parou. Morreria se parasse. Havia entendido o recado mudo – ou era o que esperava. Não era bem-vinda e tinha que ir embora. Tinha que encontrar a saída.
E rápido.

À medida que avançava as árvores iam ficando mais espaçadas e uma luminosidade fraca começava a penetrar por entre as brechas nas copas sombrias. E pela segunda vez a mudança de cenário a desnorteou.

Era um campo aberto e plano, com árvores isoladas. Parecia incrivelmente acolhedor perto da Floresta da qual ela viera. Então a garota se deu conta de não estar sozinha. E ela riu. Um riso fraco e sem motivos, talvez até insano e sem propósito visto a situação em que se encontrava – ainda perdida e desmemoriada, sem a certeza de estar a salvo. Mas não importava.

Tinha milhares de perguntas para fazer aos estranhos. Esperanças de obter as respostas. E uma indescritível vontade de abraçar todos eles. Mas o cansaço era milhares de vezes maior e as dores e os cortes da corrida desembestada pela mata se fizeram presentes.
Sem mais forças, apenas deixou-se cair. Ficaria bem agora.


-- x --
Texto antigo que 'tava perdido por aqui. Não sei se dá pra entender a situação, mas enfim.
Espero que tenha ficado bom.

1 de janeiro de 2010

coragem;
cumplicidade; atitude; sonhos;
criatividade; persistência; liberdade;
disciplina; brainstorms; inteligência; sutilezas

Today is when your book begins
The rest is still unwriten

olá ano seguinte