15 de dezembro de 2011

- era amor ?
- ainda é!

tudo

“É estranho sentir a sua falta. Era rotina… agora só sobrou saudade. Ou melhor, acho que nem isso. Lembra de mim? Eu costumava te alegrar quando sua vontade era de chorar. Costumava passar os dias rindo contigo. Eu costumava ser teu anjo, teu porto seguro. O que aconteceu com nós? Nem me lembro ao certo. Só sei que eu ainda desejo que nada tivesse acontecido. Porque a gente mudou. Uma foi pra um lado, e a outra foi para outro? Foi isso? Me diz, você anda se cuidando daquela maneira que eu pedi? Você anda sorrindo? Você anda bem? Quer dizer… bem de verdade? Me diz, você ainda lembra de tudo? Você ainda lembra das piadas? Das horas em vão que passávamos rindo? Você lembra de quando me fazia feliz? Não mudou. Você ainda me deixa como se fosse a pessoa mais alegre do mundo, só por saber que tu existe. Ah, é só comigo? Só eu que lembro dos mínimos detalhes? Só eu lembro de todas as madrugadas que eu fiquei parecendo uma idiota conversando contigo? Só eu lembro de todas as vezes em que você disse que me adorava ? Só eu lembro de como era tudo tão… intenso? Tão defeituosamente perfeito? Só eu sinto sua falta? Olha… você não faz ideia de como isso tá me matando. Sério! Tá me destruindo por inteira. Antes éramos tudo… e hoje somos definitivamente o que restou do nada. Faz um favor por mim? Olha pro céu essa noite. E quando perceber no detalhe da primeira estrela que aparecer… coloca um sorriso nesse seu rosto? Pensa no quanto eu gostaria de estar te abraçando, ou até mesmo te batendo ou mordendo?Desculpa pelo tempo que foi acabando com o que nós tínhamos. É… você ainda é o meu amor. Você é aquele pelo qual eu vou fazer o impossível para ver bem. Eu te amo tanto, sabe? E sério, isso é bem injusto. Porque eu sei que você nunca vai me querer tanto quanto eu te quero aqui comigo. É tão confuso porque… acho que você nem se lembra exatamente do meu sorriso ao te ver, não esse sorriso forçado, o de verdade, que aparecia quando eu te via. Tá sendo tão difícil com essa nostalgia. Eu passo a fingir que estou bem, e todas aquelas memórias começam a incomodar. Você ainda precisa de mim? Você ainda lembra? Não esquece que eu te quero bem. Não esquece de quando eu disse, de quando eu chorei, de quando eu senti que você era tudo. Não esquece que meu coração sempre foi seu


Anonimo, com alterações minhas.

11 de dezembro de 2011



Foi bonito olhar em seus olhos e ver neles o mundo e o nada. Foi bonito como riamos com a alma e sentiamos com o corpo, tudo foi muito mais do que imaginavamos, mas por erros, erros bobos, por erros que me fazem sentir um arrependimento no fundo da minha alma, você se foi.

Você se foi e levou uma parte de mim, uma parte de meu coração, uma parte do meu mundo,do meu chão.

Você sabe que eu renunciaria a todos por você, te daria o mundo se pudesse, de fato eu quase o fiz, te dei meu mundo, meu coração com todo o meu amor. Mas você não acreditou, você o matou lentamente com facadas, facadas de ciúmes, facadas de metiras, facadas de desprezo.

E hoje te vejo andando com seus passos apressados e indecisos, e ainda consigo sonhar com o dia em que você venha segurar minhas mãos e me dizer que a tempestade já passou.





Maiara de M.











6 de setembro de 2011



segue aqui um pouco sobre o livro do meu professor Reinaldo, ele sempre escreve frases do dia que ajudam e MUITO.

Baseado em métodos que ajudaram milhões de pessoas ao redor do mundo, “Como Pensa um Vencedor” revela pela primeira vez o segredo de como o pensamento influencia suas ações e resultados e de que forma você pode usá-lo para alcançar tudo o que deseja. Atra...vés de uma escrita agradável, inspiradora e uma metodologia que qualquer pessoa é capaz de seguir, ele ensina:
• Como as decisões traçam o seu destino, e o futuro é resultado das suas escolhas.
• Como aumentar a criatividade e utilizar as ideias para melhorar sua vida.
• Como realizar seus sonhos e materializar suas ideias.
• Como as crenças inconscientes controlam a vida humana e o que você pode fazer agora para mudar qualquer hábito ou comportamento.
• Como melhorar seus resultados aumentando a qualidade dos seus pensamentos.
• Como lidar com o “fracasso” e crescer com o erro.
• Como aproveitar as infinitas possibilidades que a vida oferece.
• Como solucionar os conflitos internos que geram a autosabotagem e outros comportamentos destrutivos.
• Como obter mudanças significativas em sua vida e experimentar a alegria, a paixão e a realização que você deseja.

8 de julho de 2011


que frio horrível,
que inverno é esse que nunca tem fim ?
congelou minhas mãos, minhas idéias e palavras
congelou o meu amor
por favor, primavera venha logo !
faça com que minhas ideias voltem a florescer
traga o calor do sol,
aqueça meu amor
aqueça minhas idéias
me traga o calor
o calor do florescer,
floresça idéias,
floresça amores
florescer, em mim.


Maiara

23 de junho de 2011

vovô João sua ausência e a saudade ficarão vivas no decorrer das vidas de seus filhos, netos e amigos.

22 de junho de 2011


experimento pela primeira vez a dor de perder um parente muito, mais muito querido
e a é dor inexplicável
e agora ?
como será meu mundo sem você, vovô João ?
acredito que o senhor esteja num lugar melhor, fico feliz por isso
mais sua ausência está se fazendo presente e isso é tao doloroso
eu te amo vovô, eu te amo vovô, eu te amo vovô João
mesmo não estando mais presente neste mundo amanha comemorarei seu aniversario, pois tive o prazer de conviver com o senhor nos meus 18 anos
amanha é dia de São João, dia do Seu João, dia do Vovô João
eu te amo vovô, eu te amo vovô, eu te amo vovô João

descanse em paz, que os anjos te guiem e te confortem, eu amo você vovô




Maiara

22 de abril de 2011

estou quebrada
vou juntando meus pedaços e indo embora.
cansei.de você
te perder por completo foi como tirar meu ar
assim,
sem vida,
me juntado, vou embora.

2 de abril de 2011

Votos de Submissão

Caso você queira posso passar seu terno,
aquele que você não usa por estar amarrotado.
Costuro as suas meias para o longo inverno...
Use capa de chuva, não quero ter você molhado.
Se de noite fizer aquele tão esperado frio
poderei cobrir-lhe com o meu corpo inteiro.
E verás como a minha pele de algodão macio,
agora quente, será fresca quando for janeiro.

Nos meses de outono eu varro sua varanda,
para deitarmos debaixo de todos os planetas.
O meu cheiro te acolherá com toques de lavanda
- Em mim há outras mulheres e algumas ninfetas
-Depois plantarei para ti margaridas da primavera
e aí no meu corpo somente você e leves vestidos,
para serem tirados pelo seu total desejo de quimera.
- Os meus desejos, irei ver nos seus olhos refletidos.

- Mas quando for a hora de me calar e ir embora
sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola,
mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.

(Nem vou deixar – mesmo querendo – nenhuma fotografia.
Só o frio, os planetas, as ninfetas e toda minha poesia.)

Fernanda Young

27 de março de 2011

Siga com ela





Já era tarde, o sol estava se perdendo no horizonte junto a um emaranhado de nuvens. Crianças brincavam na praça e adultos faziam caminhada nas calçadas largas do bairro.
Ele pediu um último drink antes de sair do bar, disse adeus, e já na calçada avistou a praça onde a maioria das pessoas se colocava a caminho de casa, pois já estava anoitecendo. Foi quando avistou uma garotinha, devia ter uns onze ou doze anos de idade, estava sentada no muro baixo da caixa de areia do parquinho, fitava os próprios pés como se houvesse algo muito interessante neles. Ele atravessou a rua intrigado. Não, não podia ser ela... Mas como!
Ele deu a volta no parque e chegou por trás da garotinha, chegou perto o bastante para ver o lindo casaco de inverno que ele mesmo tinha dado a ela no último natal, foi quando ela virou com olhos fundos e vazios e disse em tom de culpa:
- Papai, eu não vou conseguir ir sem você!
Ele andava tão inconformado ultimamente que até já esperava que acontecesse isso, foi quando disse com tom de agrado:
- Você tem que ir, sua mãe está te esperando – Ele pensou um pouco e ficou preocupado – Onde está sua mãe? Ela deveria estar com você!
- Ela estava comigo...
- Pra onde ela foi?!
- Pegaram ela, eram caras estranhos, eu tive medo, então saí correndo e vim parar aqui.
Ele estava nervoso, toda aquela tristeza, que antes fora tão intensa, estava se repetindo, mas ele precisava se controlar e foi isso que fez, então disse:
- Sua mãe fez tantas coisas ruins, que nem eu consigo perdoá – la, é normal que tenha acontecido isto com ela...
- Mas eu não quero ficar sozinha papai, lá as pessoas têm caras horríveis que me assustam... e eu me sinto muito triste lá...
Ele nem precisou pensar muito, já estava planejando fazer isso desde que sua mulher tirou a própria vida e junto a vida de sua adorável filhinha, se ao menos ela demonstrasse que teria essa atitude louca em mente talvez ele pudesse evitar, mas foi um acontecimento súbito. No dia, quando ele chegou tarde do trabalho, as duas estavam pálidas e imóveis na cama, mas estava bêbado demais para perceber que não havia alma alguma naqueles corpos ali estirados, somente na manhã seguinte que caiu em si que estava sozinho na vida...
- Eu vou com você querida. – Ele disse com lágrimas nos olhos.
- Obrigado papai, você tem certeza que quer isso?
- Sim, já me decidi...
Ele se encaminhou para um beco, então tirou um canivete do bolso, era bem afiado, ele ganhou de seu avô quando ainda era garoto e ainda se lembrava da advertência do vovô “Não vá fazer coisas erradas com isso...”, mas já era tarde para pensar no que era certo ou errado, foi quando puxou as mangas do casaco para cima e afundou as lâminas em suas grossas veias, jorros de sangue saltavam, era como se sua maldita vida estivesse escapando pelos pulsos, ele estava com medo, foi quando perguntou a sua filha que tremeluzia com uma forma nem tão visível à sua frente:
- Fica comigo, em pouco tempo estaremos andando juntos no desconhecido...


Juliano F Batista

3 de fevereiro de 2011

E agora, José?

A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?

E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?



Carlos Drummond de Andrade

29 de janeiro de 2011

Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura.

Charles Bukowski